Após 10 anos atuando na indústria com estratégia, negócios e engenharia um certo dia lá por 2017 encontrei-me cercado por uma curiosidade sobre a possibilidade de eletrificar os fornos de pirólise para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa das unidades.

Reconhecido por um perfil curioso e prático, prontamente acessei a rede social para consultar um especialista americano de uma licenciadora de tecnologia de fornos de pirólise sobre a viabilidade técnica. A resposta foi clara: "é possível, mas não quero me envolver  com o assunto".

A oportunidade era muito clara, unidades antigas poderiam se beneficiar de projetos de atualização tecnológica e dar um salto em eficiência energética, reduzir drasticamente suas emissões e elevados custos com gás natural além de permitir em certa escala a produção de derivados de metano.

Uma busca no Google para avaliar tendências sobre o tema, não apresentava resultados relevantes para o ano 2017 (link).  Era provável o desenvolvimento do tema em simpósios como esse (link), embora interesses particulares e o momento não favorecessem sua divulgação.

Um momento marcante aconteceu em 2019 quando um colega de trabalho, familiar com as minhas incansáveis provocações,  questionou sobre qual teria sido a melhor idéia até o momento. A resposta foi à queima-roupa: fornos elétricos!

A partir de 2019 multiplicaram-se as notícias sobre pesquisa e investimentos de empresas químicas como é o exemplo de Dow e Shell, de BASF, SABIC e Linde e do consórcio Borealis, BP, Total, Repsol e Versalis. A NexantECA divulgou um relatório especial sobre intensidade de carbono.

"Science has set the trajectory: we must move away from coal by 2030, from oil by 2045, and from gas by 2050."

O nome e a imagem fazem referências a serpentinas, "coil" em inglês, utilizadas em fornos de pirolise enquanto a cor dourada representa a energia elétrica dando ênfase ao potencial dessa transformação dos ativos de primeira geração que sustentam um setor relevante da economia.